O que aconteceria se você não permitisse que um contador ou um engenheiro usasse uma calculadora ou uma planilha de Excel? Ou um gerente de vendas de território que não usasse um telefone celular? Ou ainda uma gigante global de software que não usasse a Internet? É impensável. Calculadoras, computadores pessoais, telefones celulares e a Internet (apenas para citar algumas tecnologias) iniciaram como apostas, evoluíram para tecnologias restritas e há anos se democratizaram.
Tanto que, muitas vezes, nem são mais vistas como tecnologias, mas parte do nosso dia a dia. Isso tudo em apenas algumas décadas. De fato algumas tecnologias evoluíram não apenas para serem adotadas, mas principalmente para serem incorporadas no dia a dia das pessoas e das organizações. É assim que devemos pensar sobre RPA e todas as plataformas de Low Code que integram o arcabouço de Hyperautomation.
Algumas tecnologias evoluíram ao longo de gerações, mas com a velocidade de transformação da sociedade, dos mercados e das empresas, vemos uma aceleração desse cenário. Muitas pessoas estão incorporando tecnologia em paralelo com suas carreiras ou simplesmente pivotando para atuar como desenvolvedores profissionais. Isso exige dedicação, foco e tempo. Para que uma tecnologia seja incorporada no dia a dia ela precisa ser escalável, acessível e de fácil entendimento.
Falando em tempo e produtividade pessoal, hoje enfrentamos uma nova limitação: não há tempo suficiente para se concentrar em um trabalho verdadeiramente significativo ao qual os humanos agregam valor único. O volume de dados, sistemas, processos faz com que passemos mais tempo em atividades de registro, tabulação, ordenação, organização da informação do que na análise e tomada de decisão.
O RPA, nesse sentido, é uma tecnologia que tem a capacidade de desbloquear o potencial humano, ajudando milhares de organizações a automatizar tarefas e processos tediosos, permitindo que os funcionários se concentrem nas tarefas cognitivas de maior valor.
Agora, por que uma organização deveria investir não só em RPA, mas também no escalamento e democratização dessa tecnologia? Simples, porque existem tantas tarefas a serem automatizadas que não existirá nenhuma área composta de desenvolvedores que poderá fazê-la de forma economicamente viável e com a velocidade necessária.
A equipe de RPA com seus desenvolvedores devem atuar em automações mais complexas, integrando outras tecnologias, evoluindo para Hyperautomation. Já os Citizen Developers devem automatizar atividades simples, tipicamente individuais e por vezes passíveis de réplica e de compartilhamento com foco em robôs assistidos. Assim, qualquer organização que pensa na digitalização através do RPA deveria considerar as duas visões: RPA Top-Down (Developers) e RPA Bottom-Up (Citizen Developers).
Segundo o modelo de maturidade de Hyperautomation que desenvolvemos na Practia, o RPA Bottom-Up tem por objetivo garantir que usuários finais realizem suas automações assistidas, gerando ganho em volume, considerando os seguintes aspectos:
- Escolha de uma solução de RPA de fácil utilização;
- Escolha de uma solução de RPA escalável, na nuvem, com custo de infraestrutura baixo ou previsível;
- Processo de abertura e análise de demanda de forma simples, objetiva e não burocrática (descentralizada);
- Capacitação de usuários finais para desenvolvimentos de baixo risco;
- Capacitação de super usuários e analistas locais para suporte, documentação e alinhamento eventual com o CoE;
- Evolução para um CoE descentralizado com governança madura e digital;
- Apoio de TI (Business Centric) para liberação de licenças, acessos, acompanhamento, suporte de infraestrutura;
- Monitoramento dos resultados em escala, avaliando indicadores indiretos como produtividade, eficiência, custos e até mesmo clima organizacional;
- Compartilhamento de soluções e do capital intelectual gerado em termos de resultado e de aproveitamento de código a partir de um marketplace corporativo.
- Estímulo à evolução através da capacitação e da participação em projetos com foco na identificação de perfis que querem evoluir em temas de tecnologia;
De acordo com o Everest Smart RPA Playbook, alavancar o RPA em uma organização aumentará a produtividade em 30%. Quanto mais funcionários você capacitar com automação, maior será o impacto geral.
Hoje, dezenas de milhares de empresas automatizam processos com RPA. Os principais ganhos da automação em escala são, conforme essa pesquisa:
- Produtividade aumentada
- Experiência aprimorada do cliente
- Crescimento da receita
- Precisão aprimorada
- Funcionários mais felizes
Vale a pena pensar a iniciativa de RPA como uma iniciativa de empoderamento e desenvolvimento de pessoas: remova as limitações com as quais sua força de trabalho lida atualmente e devolva o tempo necessário para realizar um trabalho mais significativo. Transforme seus negócios e a maneira como todos trabalham, capacitando todos os funcionários com um robô.
Historicamente, quando os funcionários começam a usar automações, eles começarão a ver novas oportunidades de automação e poderão sugerir ativamente mais e mais ideias. É, em suma, um efeito de rede que vai possibilitar ganhos em ambas as direções.
Para isso, auxiliamos organizações a implantarem a iniciativa de RPA a partir do licenciamento, diagnóstico das iniciativas, desenvolvimento de automatizações, capacitação e consultoria para gestão de projetos e para evolução do CoE.
Hoje já existem ferramentas de automação necessárias para acelerar a transformação digital da sua organização. A Practia possui parceria com as plataformas líderes de mercado que podem possibilitar resultados de curto prazo ( ver aqui ). De fato não há motivo para não iniciar, mesmo que discretamente, a jornada de adoção da tecnologia contando com o apoio de uma empresa parceira para acelerar resultados, criar confiança, auxiliar na capacitação e no modelo de governança.
Dessa forma, toda empresa deveria pensar como digitalizar seus processos em escala, tornando mais fácil que os usuários mais experientes em tecnologia crie os seus próprios robô, trazendo resultados em escala. Claro, atentando-se à governança, qualidade, retorno do investimento e principalmente com as pessoas.
Gilberto Strafacci Neto
Chief Operating Officer da Practia Global no Brasil (www.practiaglobal.com.br) e Senior Partner do Setec Consulting Group (www.setecnet.com.br). MBA em Gestão da Inovação, Engenheiro Mecânico pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Master Black Belt, Agile Coach, Design Thinker, Manager 3.0, Certified Six Sigma Master Black Belt pela American Society for Quality (ASQ) e Certified Scrum Master pela Scrum Alliance e Facilitador Certificado LEGO® SERIOUS PLAY® (Ver PERFIL).
- Conheça nossas soluções em licenciamento RPA: http://uipathbr.hyperautomation.global/
- Conheça nossas soluções em capacitação RPA: https://practiaglobal.com.br/treinamentos/
- Conheça nossas soluções em desenvolvimento RPA: https://practiaglobal.com.br/solucoes-em-rpa/