PERSPECTIVA DIGITAL
WOM revoluciona o mercado no Chile de
OPERADORAS MÓVEIS
WOM revoluciona o mercado chileno
Operadoras Móveis
Entrevista exclusiva com o excêntrico empresário Chris Bannister que chega ao Chile e abala o mercado.
Com um sorriso largo e vestido com uma camiseta violeta nada discreta, Christopher Bannister tem um rosto único, difícil de esquecer.
O empresário conversou com exclusividade para PRACTIA sobre o mercado de telefonia celular na América Latina e o desembarque da sua empresa no Chile (Wom comprou a Nextel em julho de 2015). “Quando lançamos a WOM, tínhamos 650 funcionários, 60 lojas e vários quiosques. Hoje já contamos com cerca de 1.700 funcionários em todo o país e 130 filiais ”, explica Bannister.
-É reconhecido como estrategista na área, capaz de fazer crescer pequenas operadoras em um curto espaço de tempo. Diante disso, qual a sua opinião sobre o nível de serviço oferecido pelas maiores operadoras de telefonia móvel da América Latina?
-Nesta indústria, como em outras, não há grande segredo: as pessoas querem o melhor serviço pelo melhor preço. E, em geral, o serviço oferecido pelas outras operadoras é aceitável, mas muito caro. É por isso que investimos muito dinheiro há nove meses para expandir nossa rede 4G (temos 85% da população do Chile coberta) e agora estamos adicionando antenas.
– Que tipo de serviço os usuários móveis privilegiam?
-Os consumidores exigem velocidade e qualidade na transmissão de dados por voz.
-Além da qualidade e do preço, qual você acha que é o segredo do crescimento?
-A única maneira de ter sucesso, não só no Chile, é ter colaboradores leais e entusiasmados que realmente se conectam com os consumidores.
-E que conclusões você tira observando os consumidores?
-Que os usuários sabem o que querem e que estão dispostos a pagar por isso.
-Quais são os próximos passos?
-Dobrar o número de antenas para aumentar a cobertura e alcançar mais chilenos.
-Você acha que existem nichos na região que são negligenciados pelas operadoras de telefonia móvel?
-O setor não é muito competitivo, com baixa inovação, preços altos e usuários pedindo mais ofertas e dados móveis. Por isso, acreditamos que existe uma grande oportunidade de gerar mudanças.
-Como estão suas operações no Chile?
-Nossa base de clientes está crescendo 10% ao mês. Temos muitas ambições porque queremos ser líderes de mercado.
– Por que você escolheu o Chile para iniciar suas operações na América Latina?
-Pela qualidade do mercado, porque não é complexo a nível burocrático para iniciar as operações e porque o nível de profissionais é espectacular.
-“As operadoras da região deveriam ter medo do WOM?”
-Não, mas devem se preparar para competir: quando chegamos, sacudimos o mercado pela nossa oferta focada em dados sobre voz e também pela nossa orientação pró-consumidor, nos colocando ao lado do cliente até pela nossa publicidade, que tem sido emblemática pela ousadia de dizer o que os outros não ousam, desafiar o status quo e representar o que preocupa os chilenos.
PRIMEROS PASSOS.
WOM Chile foi lançada em 7 de julho de 2015 e é uma empresa pertencente ao fundo de investimento internacional Novator Partners LLP, com sede em Londres. A empresa nasceu da compra da Nextel, que tinha rede 3G própria, com cobertura nacional. Poucos meses após o início das operações no Chile, teve início a implantação de sua rede 4G, que entrou em operação oficialmente em novembro de 2015. Atualmente, possui cobertura nacional, 130 filiais e 1.700 colaboradores em todo o país. Em fevereiro de 2016, eles anunciaram o primeiro milhão de clientes e, desde o seu lançamento, manteve a liderança em números mensais de portabilidade. Apesar do crescimento expressivo, a WOM ainda está atrás das três principais empresas (Movistar, Entel e Claro), que concentravam 94% do mercado móvel em março de 2016. Em contraste, as demais operadoras como um todo chegavam a 6%, de acordo com dados da Subtel.
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